quarta-feira, 18 de julho de 2012

Campos Verdes

Pastos verdes durante longa espera de chuva pode se tornar assim,  capim seco, nos desanimando. Deste ponto adiante apenas um descuido basta para que uma pequena faísca coloque em brasa a vida mais otimista.
 
Ao deixar campo seco, vou de encontro ao matagal. Nem todo verde é bonito. Mato alto corta, dói por dentro, coça, me faz perdido ao relento no barulho do mato à rajada do vento, canto desatento só me atrai mata a dentro.

Já é noite. Preto no escuro. Tanto faz olhos abertos ou fechados, já não há diferença, a unica visão que tenho é minha crença, esperança que enfrenta a perdição nessa floresta densa, violenta sons noturnos...pensa.

Desejo absurdo à espera pelo dia que não chega, quem diria, já não aguento, agonia, meu encontro, desencanto. E esta chuva que me lava, água fria toca alma, chorei. As lágrimas do medo derramei.

No fim da corda, no bater da porta, no "quebra ou entorta", sem mais história e demoras, o sol me acorda, bem pela mahã tímido me toca, luz aquece à volta, pude ver e sem mais me esconder pensei em correr para onde outrora não via, era aquela trilha que me levaria devolta à alegria, àqueles pastos verdes novamente que antes sai, assim fiz, corri, voltei, parti.
Pela tempestade passei, ela passou por mim, a floresta deixei, aos campos verdes voltei, feliz hoje estou, estou aqui.

"O choro pode durar uma noite mas a alegria vem pela manhã!" Salmo 30.5

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