domingo, 20 de outubro de 2013

Confissões de um Boêmio

Que súbita vontade de te ver, de correr e me largar em seus braços como se o mundo já tivesse passado e nada mais existisse além do seu toque que me faz sentir o seu calor, me faz arder o desejo de quero mais.

Não me dou por satisfeito quando reclino ao teu peito para ouvir as promessas de um futuro melhor ao ritmo compassado três por quatro do seu coração, para que este hoje possa fazer valer tanta espera por aquele dia seguinte, dia de amanhã que promete brilhar mais.

Que vontade de ouvir a tua voz e me retardar em desejo
esperando o seu sacolejo para aquele momento certo e esperto dentro de nós onde ninguém pode alcançar a não ser somente eu e você.

O segredo está em sermos segredos para nós mesmos, este mistério que somos, somos as surpresas que nos surpreendem a cada descoberta picante, o encanto que nos envolve me leva para dentro de ti com todo o prazer de te fazer sentir o amor que tenho por ti e o quanto quero até o fim estar com você.

Nesta madrugada fria a névoa embaça as luzes amarelas que aquecem bares adentro, que vejo vidros afora, e esse tom de nostalgia me faz refletir na vida preta e branca não vivida, não obstante semelhante à camisa que uso neste instante. Como a vida colorida tem sido tão flutuante nesses balões de prazeres e emoções que vivo com você

Não sei o porquê, contudo apenas aspiro ver-te como rosa. Para que ramalhetes se me contorço de desejo ao me render ao apreço da sua singularidade? Este seu vício de vestido cor de pétalas que cantam o tom do seu perfume me entontece de amor por ti. Extasiado com sua presença dormente fica meu ser.

Nesta rua além, embora transeuntes aquém, no meio de todos estou sozinho, no meio de muitos sou pouco, apenas ninguém. Torno-me alguém para você que além de qualquer coisa, a mim, quer bem.

Seu desfile em meu rumo, formosos pés a atravessar a rua, passos de salto em minha direção, sua aura enaltece seu sorriso ao batom, meus corações crescem e batem pela sua presença.

Neste poste de luz estou inebriado, encostado com meus braços cruzados a te esperar. No cigarro que preferi não ascender, no ir e vir das pessoas aqui, neste Sábado frio de lua clara ao cair desta noite especial, minha dama, minha noiva aqui está, no seu quadril segurar, e no seu ouvido sussurrar: Sou seu Boêmio, para sempre vou te amar.


0 comentários:

Postar um comentário